quinta-feira, 14 de junho de 2012

EU, SCHUBERT E A SOLIDÃO

Sinto-me triste. Pela primeira vez uso o blog para externar minha profunda decepção com o amor, com a delinquente forma que meu amor foi tratado. Guardo essa data, 14 de junho, para, na companhia de Franz, marcar de vez minha decepção. Ela tem nome, mas não merece vê-lo revelado. Fica apenas essa postagem como marco indelével e a frase registrada qual um epitáfio: - Eu não te amo mais como homem! Mas Schubert é excepcional. Violinos tristes e um sentimento que ora é passivo e entregue à lassidão de corpo e alma, ora é resignado e forte. Com ele, com meu amigo Franz, eu consigo soluçar, como soluçou Werther ao ver seu amor perdido por Carlota. Sei que não existe ninguém lá fora que entenda o que se passa aqui. Estou assim, como a música de Schubert, nessa gangorra macabra. Ostento essa barba como fixa à porta da geladeira a foto, obesa, da que faz regime. Tem sim, a barba, um significado explícito de que devo manter-me acordado e alerta para nunca mais ser vítima de decisões torpes. Que não devo deixar que essa solidão e silêncio acabem por silenciar-me de vez. Não na figura estúpida e fria da morte física, mas na morte da fé, da crença no amor e bondade. Ficamos nós aqui, eu e ele, indo e vindo nesse espaço de tempo que abriga dois séculos. Eu e Schubert, companheiro!

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